•6/29/2013 10:55:00 AM
[créditos da imagem]
Toda vez que me deparo com algum homem sentado de perna
cruzada, logo me recordo de um homem que amei, amo, e sempre irei amar. Essa
imagem de um homem culto, calmo, aparentemente frágil, e despreocupado com o
reparar machista, sempre me contempla com um pensar nostálgico. Recordo-me de
um grande homem. E num misto de tristeza e alegria, tenho o meu dia
transformado através dessa imagem tão poética... Um homem de pernas cruzadas e uma expressão reflexiva. Talvez se essa imagem não me despertasse este lado
triste, jamais notaria a alegria que ela me causa, pois é na ambiguidade que
descubro as possibilidades.
A tristeza é ínfima comparada com o contentamento
que tenho ao me deparar com essa cena. Ínfima, pois o gozo que há no relembrar
de um grande homem, vale a pena qualquer sofrimento causado pela sua ausência
física. Sofro só por não tê-lo mais em corpo presente, alegro-me por saber que
sua memória sempre se faz presente. Amo este homem! Este homem é meu pai. Homem
que sempre vejo em outro que se dispõe a manter-se de pernas cruzadas. Homem,
que como este que me fez lembra-lo, descruzou as pernas calmamente, sem alarde,
e se foi...
Homem,
um grande homem... Foi meu pai.